quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Voz muda

Assim como um poeta antropofagico,

Ou um representante da liberdade de expressao,

Eu gostaria de ser porta-voz de alguma minoria esquecida, combatida

Que responde pelo apelido ganhado nas ruas internacionais

Nao pelo nome da certidao de nascimento.



Comecando com a criacao de um ponto comercial ou social

Nas montanhas ou nas ruas movimentadas de uma cidade grande,

Estou com a finalidade de reunir pessoas com os mesmos sentimentos.

Que se sintam igualmente incompreendidas,

Ou simplesmente rechacadas pela sociedade em que vivem

Por causa das escolhas que fizeram ou por sua nacionalidade.



Livre de funcionar inutilmente enquanto engrenagem de um corpo doente

Proponho que seja substituido o musculo motriz, inflexivel

Por um jovem, mais criativo e com longa durabilidade.

Procuro reunir os que primeiro possuiam um ideal manso

Partindo para os que possuem o senso de niilismo fragil que agita sonhadores

A serem parias nesta terra de oportunidade marginalizada.



No fim da fila que se segue aguarda anciosamente o desengano

Que nao se liquida facilmente com impostos para o governo patrio.

Com isso, muitos foram expatriados de suas esperancas tropicais

Pelas medidas de total desreipeito ao sistema nervoso de contribuinte

Que nao conhece nada alem dos deveres, e nenhum dos seus direitos

Pouco ou nada humanos, mas de cidadao escorracado.



Como um vendaval que ameaca levar tudo, muitos recomecam do zero

Pois antes sentir a brisa de um novo comeco

Do que o ar pesado e velho da repeticao e da fatiga

Que nao se vai com a brisa nem com a persistencia,

Nem com a recompensa da boa venturanca

Contraem-se e enrijecem-se os musculos

E isto se confunde com inconforto de forma fisica.

E em seguida as olheiras se confundem com manchas de sol matinal

As noites bem dormidas nao produzem nenhum sonho milagroso.

E o sonho, quando ha um, eh sobre o dia seguinte,

Sobre o dia posterior a esse no maximo.



Muitos sonhadores vao e vem, nenhum se sobressai no ato de sonhar.

E sobre a linha do horizonte o mesmo cume coberto por nuvens avisto

de onde sento, enquanto espero a noite vir

Pra me dizer que foi um sonho de verao apressado

Com pessoas surreais, e lugares pintados

Tentando falar numa lingua que eu reconheco ser a minha lingua patria.

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